Um estudo da Universidade de Salamanca, concluiu que 31% dos espanhóis e 45,6% dos portugueses apoia a criação de um Estado federado entre os dois países.
Numa altura em que a Europa se expande com critérios meramente geográficos, desvalorizando as afinidades culturais e de valores, considero que será inevitável o surgimento, dentro do próprio espaço europeu, de acordos, conjugação de estratégias e interesses, mais ou menos assumidos ou formais, que reúnam exactamente países com essas similitudes.
Com o Tratado de Lisboa, as decisões da UE passaram a ser tomadas por maioria, o que confere um grande poder aos países mais orientais da Europa, que têm interesses e um passado comum.
Alguém imagina os ingleses, franceses ou os alemães a sujeitarem-se a decisões relevantes, contrárias aos seus interesses, tomadas por uma maioria que poderá ter culturas, visões do mundo e valores totalmente diferentes dos seus?
Quanto tempo mais a Europa resistirá às pressões norte-americanas para aceitar a Turquia no seu espaço?... e depois, como será?
Vai ser muito interessante acompanhar os novos tempos que se avizinham, onde certamente teremos de por em causa alguns dogmas e verdades absolutas com que nos habituamos a viver.
Uma certeza podemos ter: muita coisa vai mudar!
É bom que os nossos espíritos mudem também.
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